Meu pensamento está voltado para Dinamarca. Amanhã o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciará a cidade sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A competição é acirrada: Chicago (EUA), Madri (Espanha), Tóquio (Japão) e Rio de Janeiro. Como brasileiro e esportista, acho muito importante trazer as Olimpíadas para o País.
Acredito que esta é uma ótima oportunidade de mostramos ao mundo que o país do futuro já é uma realidade. Vivemos um ótimo momento; nossa economia apresenta-se sólida e é crescente a projeção internacional do Brasil tanto no âmbito regional quanto global. Entendo o receio de alguns, devido ao vultoso investimento a ser feito, afinal estamos falando em bilhões de dólares. Além disso, organizar um evento dessa natureza seguramente dará muito trabalho. Mas, como empreendedor, penso nos benefícios financeiros, sociais e políticos que um acontecimento desse porte pode proporcionar. É só lembrarmos o exemplo da Espanha, país sede das Olimpíadas de 1992, que viu sua economia propulsionada graças à realização dos Jogos em Barcelona. A experiência espanhola foi tão bem sucedida que, hoje, mais de 85% da população daquele país apóia, mais uma vez, a realização dos Jogos Olímpicos, agora em Madri.
E aqui o retorno não deve ser diferente. Segundo estudo encomendado pelo Ministério do Esporte, e realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo, o impacto dos jogos na economia brasileira pode chegar a R$ 102 bilhões. Pelos cálculos da pesquisa, para cada US$ 1 investido, outros US$ 3,26 adicionais seriam gerados até 2027. O estudo ainda estima a criação de 120 mil novos postos de trabalho por ano até 2016.
O presidente Lula está altamente empenhado e o nosso time é bom; o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes dão credibilidade ao projeto. Do outro lado, a decisão do presidente Obama de reforçar o time americano é uma dificuldade a mais. Ainda assim, estou otimista, mas um otimismo de torcedor.