POR Abilio Diniz
Não existe demonstração mais enfática de que um setor está se concentrando – e, portanto, passa a trabalhar em escalas mais elevadas – do que uma operação em que o primeiro compra o segundo. A compra da Eletroradiobraz pelo Pão de Açúcar tem proporções comparáveis ao impacto que teria sobre o setor automobilístico, a compra da Ford pela Volkswagen; ou no setor financeiro, se o Bradesco comprasse o Itaú. Quando o primeiro dobra de tamanho – como aconteceu agora com o Pão de Açúcar – muda o metabolismo de todo o setor. E, tão importante quanto a digestão da Eletro pelo Pão de Açúcar, é discutir, por isso, o que se passa com esse dinâmico setor de supermercados.